domingo, 15 de agosto de 2010

Barriga sim, e daí?

Por Martha Mendonça - Revista Época - Ed. 589 - 31/08/2009

A foto de uma modelo americana reforça um novo padrão de beleza que exibe as mulheres como elas são, e não como impõe a ditadura da moda.

Até a página 193 da edição de setembro da revista americana Glamour tudo estava normal: reportagens de beleza, moda, celebridades. Ao virar para a página 194, a leitora deu de cara com a modelo Lizzi Miller, de 20 anos, ilustrando uma matéria sobre autoimagem. Clicada de lado, ela aparece linda, loura, sorridente, seminua, os braços escondendo naturalmente os seios – mas não a barriga. E, de fato, havia uma barriga. Proeminente, mole, levemente caída. Alguma coisa estava fora da ordem. No mesmo dia, a revista recebeu dezenas de milhares de e-mails comentando o fato. As leitoras estavam surpresas. A maioria, feliz. “Estou sem fôlego de alegria… Amo a mulher na página 194!”, dizia uma das mensagens. “É essa a aparência de minha barriga após dar à luz meus dois filhos!”, escreveu outra. A fotografia virou notícia na internet, alvo de reportagens de outras revistas, como a Newsweek, e a modelo passou a ser conhecida como “a mulher da página 194”.


Editora-chefe da Glamour, Cindi Leive se surpreendeu com a repercussão. “A foto não era de uma supermodelo. Era de uma mulher sentada de lingerie com um sorriso no rosto e uma barriga que parece… espere… normal”, disse a jornalista no blog da publicação. Normal para as mulheres comuns. Mas não para as modelos de revistas, maquiadas e lapidadas pelos retoques digitais. O alvoroço em torno da barriga de Lizzi suscitou um debate: que tipo de beleza as mulheres querem ver nas revistas? Dono da agência 40 Graus, que lançou modelos como Paulo Zulu e Daniela Sarahyba, Sergio Mattos acha que uma revista feminina é lugar para mulheres de corpo perfeito. “Sou contra a magreza extrema, mas a boa forma é necessária. As leitoras estão comprando um ideal”, diz. Já para a antropóloga da Universidade Federal do Rio de Janeiro Mirian Goldenberg, autora de O corpo como capital, “ninguém aguenta mais ver só um tipo de mulher nas revistas”. Ela acredita que haja uma demanda pela diversidade. “Mais que estética, é uma demanda política pela fuga ao padrão. Por isso, não me espanta a discussão em torno dessa barriga”, afirma.


A aprovação das leitoras à foto da mulher da página 194 é mais um exemplo dos movimentos de libertação da imagem feminina. Está ligada, por exemplo, ao movimento internacional contra o abuso da maquiagem e do uso do Photoshop, liderado por um dos mais importantes profissionais do mundo da moda, o fotógrafo alemão Peter Lindbergh. Em maio, ele fez uma série de capas para a revista Elle francesa, com atrizes e modelos de cara lavada, o que fez com que outras publicações aderissem à ideia. No mês passado, ÉPOCA publicou o mesmo tipo de ensaio com modelos como Isabeli Fontana, Raica Oliveira e Raquel Zimmermann. Foi uma das mais comentadas – e elogiadas – matérias da revista neste ano. Os cabelos também estão no alvo. O livro Meus cabelos estão ficando brancos, da americana Anne Kreamer, faz sucesso entre as mulheres que não querem mais ficar prisioneiras das tinturas e, ainda assim, continuar belas e desejadas.


É muitas vezes de forma chocante que o padrão se rompe. Bem mais polêmica que a “quase-normal” Lizzi Miller, a cantora e estilista Beth Ditto virou ícone de moda e atitude nos Estados Unidos. Vocalista do grupo The Gossip, já posou nua na capa de duas revistas. Uma delas a elegeu a pessoa mais cool do planeta. Beth faz striptease em seus shows e já declarou que gosta de ser chamada de feia e gorda. Polêmica parecida aconteceu com a cantora Preta Gil, cujo primeiro CD, em 2004, trazia sua foto nua. Na época, afirmou: “Já tive um filho, quilos a mais, estrias e celulite. Fiz lipo, tomei remédio, fui parar no hospital por ficar sem comer. Hoje acho meu corpo bonito, sensual”. Para Mirian Goldenberg, esses casos mostram que o antigo slogan feminista “meu corpo me pertence” – ligado à questão da sexualidade – está ganhando uma nova conotação. “É como se a mulher dissesse: meu corpo é esse e pronto. A mulher nua passa de objeto sexual a sujeito político”, diz a antropóloga.


No centro dessas questões está a autoestima feminina, mutilada pelas exigências de medidas e regras. Mas até que ponto são as modelos das revistas que motivam a insatisfação das mulheres com seu corpo? A psicóloga Joana de Vilhena Novaes, coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza da PUC-Rio, diz que o defeito apresentado pela modelo cultuada por sua beleza abre espaço para a mulher comum repensar sua própria imagem. O caso mais recente é o da atriz Juliana Paes, que apresentou celulites no bumbum e nas coxas, ao ser clicada num dia de sol na praia. A fotografia rapidamente encabeçou a lista das notícias mais lidas de sites e blogs. A audiência, dividida entre o escárnio e a defesa da beldade, pendeu bastante para o segundo time. “A hora, definitivamente, é das mulheres possíveis”, diz a psicóloga.


Prezadas e Prezados, dêem sua opinião sobre essa notícia? O que tem com o nosso potencial trabalho desenvolvido em sala?

37 comentários:

  1. A reportagem é muito interessante porque trata da perfeição corporal das modelos. Mulheres modernas tendem a não ter o corpo escultural como das modelos, porque já possuem filhos, trabalham muito e não tem o tempo para ficarem com corpos perfeitos. Estamos habituados a sempre ver modelos com o corpo perfeito, mas quando aparecem fotos como da modelo acima verificamos que a sociedade muitas vezes está carente de pessoas normais em revistas, como as mulheres do dia-a-dia que na maioria das vezes são as consumidoras de produtos usados por modelos.
    Bernardo Gouveia Cardoso

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  2. é uma reportagem interessante,pois mostra a mulher do jeito que ela é, e não do jeito que querem mostrar. nas revista vemos fotos de mulheres que se dizem perfeita mas na realidade, e muito difícil de se encontrar. é raridade encontrar mulheres que não tenham uma celulite, estrias e até mesmo uma barriguinha. não que eu ache que a foto mostrada seja linda, mas acho bom estar mostrando uma mulher normal.
    Ana Paula Luiza

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  3. Realmente a reportagem é polêmica pois não se trata de uma simples mulher e sim uma espiração para muitas,um estilo classico de vida que todas nos queremos adquirir ao longo dos anos.Uma vida perfeita,sem gordurinhas localizadas,é a realização de todas as mulheres que tração uma meta para chegar ao peso ideal!
    Luana Alves

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  4. A reportagem é bastente interessante, pois mostra, como realmente é a maioria das mulheres, leitoras desse tipo de revista. Estamos costumados a ver lindas modelos, deslubrantes, magras, em forma, quase uma perfeição, e basedas em fotos dessas mulheres que são constantemente publicadas, a leitoras, que são julgadas como pessoas normais, passam e ver as modelos como inspiração, um modo de vida a se seguir, e ter como objetivo, alcançar a beleza e boa forma delas. Mas na maioria das vezes, se esquecem que aquelas mulhres que estão ali, sendo fotografadas, não são seres perfeitos, magníficos, mas sim mulheres iguais a elas, cada uma com suas qualidades, mas também com seus inúmeros defeitos.

    *Izabel Nascimento Barbosa.

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  5. A reportagem em questão trata de um assunto muito questionado hoje em dia,pra que buscar a perfeição alheia se temos nossa própria perfeição?
    Por isso que a imagem dessa modelo rendeu vários questionamentos,as mulheres buscam sempre em outras mulheres aquilo que não têm e quando se deparam com uma imagem daquilo que elas têm,que é normal,aí sim vêem que a perfeição não é uma coisa imposta mas que elas mesmas se impõem.
    Laís Moura.

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  6. O tema em questão aborda um questionamento muito frequente no mundo feminino: Por que tenho que ter um corpo escultural,conceituado pela sociedade atual, como padrão de beleza? Esse "padrão" veem sendo quebrado através de ações como estas que interrompem essa linha de raciocínio supérfulo,ressaltando que melhor que possuir um corpo escultural e estar de bem com você mesma.A mulher deve se achar bonita como ela é; e é muito bom ver uma matéria como essa, onde é mostrada uma pessoa natural sem retoques tecnológicos,como ela é e não como uma peça publicitária.
    Natália Evangeliata da Costa.

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  7. Acredito que está reportagem vem quebrar tabus do mundo moderno,pois a maioria das revistas e modelos utilizam o padrao de beleza de que a mulher tem que ser magra ,sendo assim uma forma de induzir o consumidor a adiquirir produtos ,e à cultuar a forma magra .
    Assim como a norte-americana mostrou sua barriga em uma revista,isto nos mostra que tambem o padrao da mulher brasileira também é diferente.
    Temos que nos aceitarmos como somos.E seria interessante vermos mais reportagens insentivando a ser normal...
    GIULLYANE LINDOZO

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  8. A reportagem veio agustar uma polemica e quebrar um tabu de que mulheres para serem modelos tendem a ter o corpo perfeito, sem aquela gordurinha localizada, o mal de muitas das mulheres.Essa norte-americana nao teve medo de mostrar o que realmente é, o que muitas tem vergonha de mostrar e por isso acabam muitas vezes por morrer em mesas de cirurgias . Para tentarem alcançar o padrão de beleza imposto pela sociedade que muitas das vezes é influenciada pela mídia.A mídia tem tanto poder sobre as pessoias porque não usa-la para mostras as pessoas, que o que de fato interessa é a saude e o bem estar das mulheres.

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  9. Creio que, tanto a reportagem, quanto a foto, são de muito bom gosto. Acho importante abordar esse assunto, porque o padrão de beleza virou algo fundamental para as pessoas, tonando-as cada vez mais fúteis, sem conteúdo. A modelo fotografada, por exemplo, não deixou de ser bonita, nem perdeu suas qualidades, por ter uma barriguinha, algo que a maioria das mulheres tem. Então, acredito que devamos receber bem esse tema, afinal, vivemos no país onde a magreza, definitivamente, não é (ou pelo menos não deveria ser) sinônimo de beleza.

    Samara F. Mendes Abrahão

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  10. Bastante polêmica a reportagem da barriguinha, mas muito interessante se pensarmos em quebra de paradigmas. O estereótipo feminino atual de uma mulher magra, esguia, corpo perfeito delineado por músculos precisa mudar. As mulheres precisam se sentir seguras com o corpo que elas tem e não com o que é ditado pela mídia. Se recorrermos a tempos remotos, o sinônimo de beleza feminina já foi um dia mulheres gordinhas e de boas carnes. O mundo é cíclico, a história muda, ela tem movimento. Precisamos pensar nos valores que nos são impostos e qual o caminho queremos seguir: o de nosso bem estar ou ficaremos escravos do que nos é ditado como padrão?

    Gilma Oliveira

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. O mundo sempre muda suas tendências de corpo "perfeito" na Idade Média a mulher que tinha o corpo mais sequinho era considerada feio para os padrões da época, já hoje em dia os padrões inverteram. Para mim o corpo “perfeito” e aquele no qual a pessoa se sente bem, desde que esses não prejudiquem a sua saúde, pois cada um apresenta um biótipo diferente. A barriga apresentada na mulher não é nada fora do normal, pois toda mulher tem só que sabemos bem como as escondes. Acredito que por isso as mulheres se identificaram com a modelo, pois nem sempre há a necessidade de esconder algumas “imperfeições”.
    Viviane Cristina Chaves de Aguiar

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  13. A reportagem em relação a nossa matéria, quebra uma regra quase que militar de que as pessoas vistas como belas, são as que estão em forma, fazendo com que as pessoas que não se encaixam neste padrão, se tornem pessoas tímidas e se sintam, até mesmo, excluídas.
    Quando pegamos pessoas fora do padrão para ilustrar revistas relacionadas a saúde e moda, estas imagens quebram certos conceitos (ao meu ver ultrapassados), fazendo com que as pessoas "normais" aceitem as mudanças ocorridas devido a idade, gravidez, estilo de vida e passem a se aceitarem como são, não dando assim, atenção as críticas.
    Maria Laura Scaranti.

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  14. Bravo! Até que enfim alguém faz um protesto, por mais brando que seja, contra essa verdadeira ditadura da beleza.
    Vejo uma necessidade das revistas mostrarem tanto mulheres assim, como as modelos mais esculturais. O mundo é feito de diversidade e não tem porque massificar um único ideal de beleza e estética apontado como "o bonito", "o correto". Além disso, temos que ter a consciência, profissionais da comunicação (no nosso caso futuros) que é todo tipo de pessoa que é bombardeado com essas imagens em todos os lugares, inclusive as adolescentes anorexicas que vêem nessas mulheres um único modo de ser valorizada. Muito cuidado e viva a diversidade!
    Muito boa iniciativa da revista Glamour (puro glamour mesmo).

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  15. Comentário de cima: Ana Luiza Veloso Moreira

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  16. A matéria é bastante interessante pois aborda um tema polêmico e bastante atual, devido ao fato de trazer a tona a imagem da mulher como um ser perfeito, como modelos,atrizes,etc.O fato de grandes revistas e qualquer outro tipo de mídia lançar mulheres completamente "perfeitas",traz a outras mulheres graves problemas e disturbios,pois há muitas mulheres que se espelham nessas famosas almejando um dia ter uma imagem o mais parecido com ela. A matéria traz um pouco da realidade fazendo com que nós mulheres nos aceitamos do jeito que somos e que ninguém é perfeito.
    Raphaele Fortes

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  17. Se tratando de um tema cada vez mais comentado hoje em dia, não é de se espantar que a fotografia da mulher na revista tenha causado tantos comentários como causou.
    Quebrando a idéia de que para a mulher ser modelo, ela necessita de um corpo perfeito, a fotografia pôde servir como um incentivo para mulheres inseguras para que deixassem de lado a vergonha e se mostrassem mais perante a sociedade. Aceitando-se como são e incentivando aquelas que ainda têm medo do espelho a levantar sua autoestima.Assim, nao criar um novo modo de beleza, mais adicionar mais um.

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  18. É interresante ver como o "normal" choca quando usado para divulgação. Toda a repercução da imagem se deve ao fato de usar do natural dentre a maioria das leitoras da revista em questão, aonde elas mesmas consideram sua condição como o "feio". Representações como as mostradas neste post mostram que os pré-conceitos de beleza desmereçem o que a pessoa é naturalmente, principalmente a mulher. É uma ideia fantastica fazer do padrão de beleza o da mulher do cotidiano, com barriga, com celulites e tudo que o tempo, as experiencias e provações trouxeram ao seu corpo. Não seria maravilhoso que campanhas publicitarias lembrassem que as imperfeições criaram a personalidade da mulher moderna? A regra já diz, as pessoas se atraem por algo em que se identificam.

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  19. Reportagem legal pacas mostrando certas mudanças que vão acontecendo na nossa percepção das coisas.

    Ao longo dos anos tivemos sempre certo estereotipo que era caracterísco, antigamente era considerado "bonito" a mulher ser mais gordinha, uns anos atrás, já veio a concepção do "bonito" ligado a corpos esculturais, e por aí vai. Mas acho que o mais relevante na verdade, é essa nova tendência a buscarmos mostrar como as coisas são realmente, o real estereotipo das pessoas, e até essa busca pelo que seria mais sinônimo de saúde em uma imagem.

    É definitivamente um passo muito importante até no quesito da tolerância que as pessoas tem sobre sua aparencia e das pessoas ao seu redor. E é nesse ponto que vejo ligação com a disciplina de expressão corporal, na quebra desses preconceitos quanto a estereotipos, e na afirmação de que independente do jeito da pessoa, ela pode sim se expressar da maneira que deseja e necessita diante a certas situações.

    Mas creio que somente reportagens assim não são suficientes para esta mudança, é necessário também uma mudança na mentalidade das pessoas, para que estas parem de achar que o mundo vai acabar e que vão entrar em depressão somente pelo fato de terem engordado um quilo e meio.

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  20. Infelizmente, por muito tempo, as pessoas abandonaram os seus ideais e vontades para seguir tendências e ideias colocadas pela mídia. Tal atitude foi (e ainda é) responsável por várias frustrações e outros resultados negativos para a população. A foto exibida na revista e sua repercussão, mostram o cansaço (da população feminina no caso) de um determinado grupo em relação a um ideal imposto pela mídia. Afinal de contas, pq não assumirmos o que somos e gostamos, para assim sermos mais felizes?
    Isso é fundamental também na questão da Expressão Corporal. Temos que tomar cuidados com a forma como vamos nos portar em determinados lugares? Sim! Mas também, se não formos nós mesmos, com nossas características e peculiaridades, muito provavelmente não conseguiremos transmitir credibilidade e nem verdade.
    Lucas Junqueira Carsalade

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  21. A reportagem é bem feita pois traz ao consciente do leitor - público alvo ou não, um duelo entre o eu real e o eu ideal. Principalmente, neste caso, para as mulheres.
    A foto conseguiu causar esse impacto, de maneira positiva ou negativa, por vários motivos.
    Um deles é a quebra de estereótipos. A mulher magérrima e sem imperfeições, estereotipada como padrão de beleza feminina, não aparece na foto.
    O que se vê é uma bela mulher, dentro dos padrões ocidentais de beleza, mas sem as perfeições exigidas pelo mercado fotográfico e sem um falso conceito de mulher perfeita.
    E, além disso, o público dessas revistas, normalmente, se identifica mais com as já conhecidas modelos fotográficas, como forma de se espelharem e buscarem o eu ideal de beleza. Ao se verem na revista e entrarem em contato com eu real, o choque foi inevitável.
    Fábio Esquarcio UNA BH Expressão Corporal

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  22. Realmente no início parece um pouco chocante pois a maioria de nós esta acostumado a ver mulheres perfeitas nas revistas. Acho que é importante dar valor a beleza natural da mulher e ter um espaço para isso nas revistas.

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  23. Nos dias em que vivemos hoje, é difícil você assumir qualquer coisa: corpo, opiniões, sexualidade, porque o mundo e as pessoas estão cada vez mais hipócritas e “aparentes”. O que realmente conta na realidade atual é a embalagem, o conteúdo pouco importa.
    Mais as coisas não funcionam desta forma, acredito que esta reportagem mostra verdadeiramente como é a realidade no mundo atual. Vamos quebrar tabus, ou modinha. A perfeição de um corpo não pode ser considerada uma moda que acaba em um verão e volta no outro, a pessoa tem que se sentir bem com você mesmo.
    (Jéssica Oliveira)

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  24. .. Maria Carolina ..
    Quem estampa as capas das revistas femininas? Mulheres lindas de sorrisos brancos radiantes, com um lindo corpo sem ao menos uma pinta fora do lugar. E as leitoras dessas revistas? são também esse estereótipo de mulher "perfeita"? E se não são, porque elas compram uma revista com uma mulher que elas sabem não ser "reais"? A procura do "corpo perfeito", é uma busca infinita de toda mulher, e o que o "corpo perfeito? É isso que está nas capas das revistas? Na verdade é, isso é imposto pelas revistas como um estereótipo de beleza, um corpo magro e com curvas perfeitas. E a real beleza da mulher?! Celulites, estrias, gordurinhas localizadas. Sim essa é a mulher verdadeira, não essas capas que são praticamente uma aula de photoshop viva. A foto da mulher na revista espantou muitos leitores por isso, eles estão acostumados a abrirem a revista e se depararem com o corpo dos sonhos, e aí quando abrem o que vêem? Uma mulher real com o corpo semelhante ao dela, com aquela gordurinha indesejada, uma mulher normal, assim como a maioria delas.

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  25. Pessoas normais em revistas onde, no geral, só aparecem modelos, quebram paradigmas e mostram a independência feminina. A mulher deve ser achar bonita e radiante independente de qualquer fator. A beleza não está ligada somente ao corpo. Mas vale a pena ressaltar que saúde é importante e deve estar ligada ao bem estar também.

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  26. A revista americana Glamour fez o que a Dove fez ao inovar lançando a campanha entitulada Campanha pela Real Beleza com o foco na linha Dove Verão. Como sabemos no Brasil é no verão que as mulheres querem ficar "saradas", pois temem em ixibir seu corpo. E ao contrário do que se esperava a Dove mostrou modelos com estereótipos totalmente diferente do convencional, apresentou em suas propagandas mulheres mais velhas, gordinhas e baixinhas quebrando todos os paradigmas.As mulheres de hoje buscam além da aparência física, buscam o sucesso profissional e financeiro, auto estima, saúde e bem-estar social.
    Como publicitários devemos quebrar os paradgmas de que toda propaganda deve aparecer modelos magras,altas e bonitas para que possamos atingir um público maior.

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  27. Essa reportagem sai do padrão,mostrando o outro lado da beleza da mulher,que não é exibido usualmente pela mídia,que normalmente são as modelos magras,de pele perfeita.Mas todo mundo sabe que no mundo real não é sempre assim.O ponto importante dessa matéria é mostrar que a mulher pode sim ser bonita sem seguir nenhum tipo de padrão,sem se sentir envergonhada com seu corpo ou com medo de ser diferentes.O ideal é que cada uma se sinta feliz,confiante e à vontade com seu próprio corpo.

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  28. Esta reportagem quebra o padrão de beleza da mulher magra mostrando a realidade de uma mulher sem esteriopticos, do jeito que é a mulher de verdade, sem sem mascarada pela mídia com esta ilusão de que nosso copor deve ser perfeito sendo extremamente magro.
    Amei!!!

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  29. Essa é uma matéria muito interessante e que as mulheres conheçem bem. Falar de gordurinha para a maioria é stressante, vergonhoso, pois maior parte das mulheres não se sente bem com o seu próprio corpo. A matéria acima mostra que não é preciso ter um corpo escultural como das modelos para se sentir valorizadas, bonitas, atraentes e felizes. Você tem que estar bem consigo mesma e não se sentir incomodada, lembrando que você tem que se importar com a saúde e se não está te fazendo mal esses quilinhos a mais ou a menos.

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  30. O padrão de beleza exposto pela sociedade já não condiz mais com a maioria da população, por mais que as mulheres queiram entrar no padrão, muitas delas não conseguem e como diz Preta Gil, acostumam-se com seu corpo e começam a achá-lo lindo, é nesta hora que identificamos o amor próprio, a satisfação de ser o que é e não se preocupar com o que o outros dizem.
    A modelo com a barriguinha foi destaque pois as mulheres que leêm a revista se identificaram muito com ela do que com outras modelos super magras.
    Isso acontece não só com modelos e sim como todos os padrões expostos pela sociedade e que são quebrados.

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  31. A reportagem mostra que não é so as magras e esbeltas são preferências, mas o corpo dito como normal se enquadra no dia-a-dia das mulheres, acredito que essa reportagem foi muito lida, pois, a mulher "normal" gosta quando aparece um perfil igual ao dela e não um imposto pela sociedade.
    A maioria das mulheres podem sim ficar se policiando para manter um corpo bom às vezes nem pela beleza em si, mas a saúde e quando alguém a valoriza como nessa revista há uma aceitação maior e isso prova mais uma vez que pouco a pouco os padrões impostos hoje vão se modificar.
    Ana Carolina Dias

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  32. O corpo ideal, que é o magro e a saúde nem sempre andão lada-a-lado. As loucuras que as mulheres de todo o mundo fazem para ficar na moda ou simplesmente seguir um padão estabelecido acaba sendo uma loucura que baixa a auto estima e poem em risco a saúde. A máteria vem quebrando esses padrões e colocando que a mulher pode sim ser feliz com o corpo que tem e suas dobrinhas. Em epocas passadas a mulher que tinha formas mais aredondadas que era bela, hoje em tinha, com a moda e o consumismo a todo vapor a mulher magra que é o padão desejado. Mas as gosdinhas tem seu valor e sua auto estima em alta como diz a máteria.

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  33. A matéria vai contra a "ditatura" da beleza perfeita, e mostra na capa uma mulher real. É interessante pensar o porque de toda a repercussão da matéria, já que a mulher representa a maioria das mulheres e não a excessão, mas com a industria da moda, e beleza e todos os estereotipos o "normal" não é capa. A modelo linda e magra sem uma gordurinha é a regra desse meio, entao a mulher "normal" virou uma excessão e por isso todo o efeito da materia. E sempre que algo foge do comum chama mais a atenção dos leitores, o público sente se representado pela mulher com a gordurinha exposta e aparentemente totalmente feliz e realizada.

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  34. Muito Legal essa reportagem,temos que incentivar as pessoas a ficar bem consigo mesmo,parar de exigir esse padrão de beleza,que sempre os magros,que são os bonitos.
    cada um tem sua beleza.do jeito que é,e que se sente bem.

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  35. LUIZ RICARDO CAMPOS DE OLIVEIRA
    É importante que sempre seja abordado o tema da aparencia acima de qualquer coisa. Vivemos numa sociedade de consumo e o corpo se tornou mais um produto, e um produto lucrativo. A reportagem mostra a tentativa de desmascarar essa industria da imagem e da perfeição que são um ideal inalcansavel.

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  36. Engraçado né pq a estética corporal está diretamente ligada à tendência de moda. Exemplo disso pode ser dado a atriz Marilyn Monroe. Suas formas mais roliças deixavam, na época, todos os homens malucos. Exemplo disso pode ser dado ao famoso pintor colombiano Fernando Botero, que expressava sua admiração às tais "gordinhas", que na época, eram a sensação do momento.

    Hudson Franco

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